terça-feira, 7 de julho de 2009

QUANDO REGAMOS O ROSTO....


Pelas minhas lágrimas, conto uma história»,
escreve Roland Barthes.
As lágrimas são um mapa pleno
de significação e de leituras.
Temos muitas maneiras de chorar e,
o modo como o fazemos,
revela não só a temperatura dos sentimentos,
mas a natureza da própria sensibilidade.
Ao chorar, mesmo na solidão mais estrita,
dirigimo-nos a alguém: esforçamo-nos
para que ninguém veja que choramos,
mas choramos sempre para um outro ver.
As lágrimas emprestam um realismo único,
irresistível à dramática expressão de nós próprios.
São um traço tão pessoal como o olhar ou o mover-se ou o amar."

JTM

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