Que caminho é esse,
tão inóspito,
que trilhas?
É por vontade própria,
ou simplesmente te perdeste?
Respeito a tua procura,
se for o caso.
Quero só dizer
que estou aqui
para o que der e vier,
se por acaso precisares.
Também já percorri caminhos
que não levam a lado nenhum,
labirintos de onde é difícil sair,
até ao dia em que se parece
reconhecer uma estrada,
estranhamente familiar.
Segue por ela.
Repetirás esta procura
muitas vezes na vida.
Presta atenção,
para que as estradas que
te convidam a percorrê-las
cumpram o seu dever:
de te levar, afinal, ao que vieste.
José Luis Artur, sj